Editado na Primavera de 1989, o álbum de estreia dos Stone Roses assinalava a definitiva visibilidade de uma vontade de redescberta de pistas colhidas no psicadelismo de finais de 60 e na lógica da canção pop da altura de que, por exemplo, o ignorados álbuns de estreia dos Primal Scream e Soup Dragons tinham sido exemplos. O álbum, The Stone Roses, um dos marcos de finais de 80 não só cimentou o crescente perfil de respeito dos Stone Roses junto dos melómanos, como deles fez um fulminante caso de popularidade numa Inglaterra ainda em busca de novos heróis indie depois do desaparecimento dos Smiths, e ainda à espera de ver confirmadas as promessas de talentos emergentes como os Birdland, House Of Love ou Ride. O passo seguinte faria dos Stone Roses a banda eleita. Num single double A side, no qual a face B acabou por ser a escolhida pela multidão (que ninguém se lembra de What The World Is Waiting For), juntaram as heranças de 60 já expressas no álbum a marcas da emergente cultura de dança, criando um híbrido pop/rock dançável que começava a ganhar visibilidade sobretudo em Manchester, onde além dos Stone Roses se afirmaram logo os novos discos dos Happy Mondays e Inspiral Carpets. Tinha nascido o Madchester, com primeiro hino no viciante e imparável Fool’s Gold.
THE STONE ROSES "What The World Is Waiting For/Fools Gold" (Silvertone, 1989)
Lado A: What The World Is Waiting For (Squire/Brown)
Lado B: Fools Gold (Squire/Brown)
Produção: John Leckie
Posição mais alta no Reino Unido: 8
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