segunda-feira, novembro 07, 2005

Paul Morley regressa aos discos

Paul Morley é, para muitos, um dos melhores jornalistas musicais nascidos na geração pós-punk. Para autros, a alma activista e publicitária da editora ZTT (Frankie Goes To Hollywood, Art Of Noise, Anne Pigalle). E, também, um "músico" nas horas vagas, feitos apresentados sobretudo nos Art Of Noise. Paul Morley gravou recentemente um álbum com James Banbury, sob o nome Infantjoy. Where The Night Goes é uma viagem conceptual do anoitecer ao amanhecer, numa hora de música (a moda está a pegar, depois de Virgínia Astley e Kate Bush), e inclui uma versão de Ghosts, dos Japan.
Esta é mais uma aventura para o jornalista que fez história nas páginas do NME entre 1977 e 1983 (etapa durante a qual foi importante divulgador de novas bandas que nasciam por Manchester, nomeadamente a Joy Division) e, mais tarde, foi co-fundador da editora ZTT, para a qual criou textos, slogans e um conceito estratégico que a demarcou no panorama da altura. Nos últimos anos, Paul Morley tem assinado uma série de livros sobre música e cultura pop, os mais recentes dos quais o obrigatório Nothing (memórias, que cruzam o suicido do seu pai e o de Ian Curtis) e Words and Music: a History Of Pop in The Shape of a City (na imagem), onde o real e a ficção se cruzam numa viagem cativante. No livro uma Kylie Minogue sintética é protagonista de toda a história. Bizarro? Só lendo…

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