
Boa plateia, bastante interessada, com vontade de descobrir tanto os discos escolhidos (alguns deles, que passam em poucas rádios, até acabaram por gerar a curiosidade e adesão de ouvintes presentes), como as aparelhagens que os tocavam. Discos entremeados com palavras, histórias pessoais, memórias, sons passados e presentes. Na ementa áudio de João Lopes e Nuno Galopim, entre CDs e discos em vinil (nos formatos single, maxi single e LP) ouviu-se:
* David Bowie "Sound + Vision" (vinil)
* Rebekah del Rio "Llorando" (CD)
* Jacques Brel "La Valse A Mille Temps" (vinil)
* Marlene Dietrich "Blowin' In The Wind" (CD)
* António Variações "Estou Além" (Vinil)
* David Sylvian + Ryuichi Sakamoto "Forbidden Colors" (vinil)
* Spiritualized "Feel So Sad" (CD)
* Kraftwerk "Das Model" (vinil)
* Philip Glass "Liquid Days" (CD)
* Oscar Peterson Trio "Maria" (CD)
* Antony And The Johnsons "You Are My Sister" (CD)
* Gomez "Bring Your Lovin' Back Here" (CD)
* Arcade Fire "Crown Of Love" (CD)
J.L: Boas canções são sempre boas canções, mesmo numa aparelhagem menos boa... Mas que tal não impeça de visar (e enaltecer) a perfeição. Foi isso que se sentiu (e ouviu) na noite da FNAC, permitindo (re)descobrir uma série de temas numa aparelhagem que, além da sofisticação digital, nos consegue fazer reencontrar a «crueza» física do vinil. Daí também a importância de não pensar ou fruir os sons a partir de fronteiras rígidas entre o «clássico» e o «moderno», o «puro» e o «impuro». Além do mais, pairou a sensação de que anda por aí muita música interessante que algumas rádios esquecem muito e de que as televisões... nem se lembram.
N.G.: Para um não audiófilo a experiência foi, no mínimo sedutora. Foi, como se disse na ocasião, um belo "serom" (serão com som, leia-se)... Quando a boa música se alia à boa tecnologia de reprodução de som, só se pode esperar o melhor. Mesmo assim, a ideia musical, é ainda (e sempre) mais importante que a máquina que a toca e mostra. Um bom disco, mesmo em aparelhagem mediana, é sempre bem melhor que um mau disco tocado na melhor geringonça áudio do mundo. A noite de sábado mostrou, contudo, que bons sistemas permitem escutar música de outra maneira. E voltar a confirmar que há uma dimensão física, corpórea, no vinil, que o digital ainda não reproduz... Pena, todavia, os preços pouco meigos destas máquinas... E as casas em que hoje todos vivemos não serem da dimensão que se exige para uma perfeita projecção do som...
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* David Bowie "Sound + Vision" (vinil)
* Rebekah del Rio "Llorando" (CD)
* Jacques Brel "La Valse A Mille Temps" (vinil)
* Marlene Dietrich "Blowin' In The Wind" (CD)
* António Variações "Estou Além" (Vinil)
* David Sylvian + Ryuichi Sakamoto "Forbidden Colors" (vinil)
* Spiritualized "Feel So Sad" (CD)
* Kraftwerk "Das Model" (vinil)
* Philip Glass "Liquid Days" (CD)
* Oscar Peterson Trio "Maria" (CD)
* Antony And The Johnsons "You Are My Sister" (CD)
* Gomez "Bring Your Lovin' Back Here" (CD)
* Arcade Fire "Crown Of Love" (CD)
J.L: Boas canções são sempre boas canções, mesmo numa aparelhagem menos boa... Mas que tal não impeça de visar (e enaltecer) a perfeição. Foi isso que se sentiu (e ouviu) na noite da FNAC, permitindo (re)descobrir uma série de temas numa aparelhagem que, além da sofisticação digital, nos consegue fazer reencontrar a «crueza» física do vinil. Daí também a importância de não pensar ou fruir os sons a partir de fronteiras rígidas entre o «clássico» e o «moderno», o «puro» e o «impuro». Além do mais, pairou a sensação de que anda por aí muita música interessante que algumas rádios esquecem muito e de que as televisões... nem se lembram.
N.G.: Para um não audiófilo a experiência foi, no mínimo sedutora. Foi, como se disse na ocasião, um belo "serom" (serão com som, leia-se)... Quando a boa música se alia à boa tecnologia de reprodução de som, só se pode esperar o melhor. Mesmo assim, a ideia musical, é ainda (e sempre) mais importante que a máquina que a toca e mostra. Um bom disco, mesmo em aparelhagem mediana, é sempre bem melhor que um mau disco tocado na melhor geringonça áudio do mundo. A noite de sábado mostrou, contudo, que bons sistemas permitem escutar música de outra maneira. E voltar a confirmar que há uma dimensão física, corpórea, no vinil, que o digital ainda não reproduz... Pena, todavia, os preços pouco meigos destas máquinas... E as casas em que hoje todos vivemos não serem da dimensão que se exige para uma perfeita projecção do som...