
Depois de uma bela estreia em Crocodiles (1980) e de sinais de confirmação de visão e ambição no mais duro Heaven Up Here (1981) e de feliz nova aferição de um rumo mais desafiante em Porcupine (1983) apresentam em 1984 o álbum pelo qual sempre serão recordados. Ocean Rain (que a publicidade em 1984 apresentava, com algum exagero, mas bom gosto, como “the greatest album ever made”), parte das experiências de construção de uma pop mais sofisticada de Porcupine e avança por terrenos ainda mais convencionais e clássicos nas formas, conciliando a escrita das melhores canções de toda a carreira do grupo com as guitarras com personalidade de Sergeant, sumptuosos arranjos de cordas e um evidente sentido de espaço e drama. Gravado em Paris, completado em Liverpool (depois de esgotado o tempo de estúdio e orçamento previsto), é um dos mais belos álbuns pop de 80, maduro, seguro, capaz de ligar o seu tempo a toda uma série de escolas fundamentais. The Killing Moon é a mais inesquecível das canções dos Echo & The Bunnymen. Silver e Seven Seas, dois exemplos superiores de arte pop. E Nocturnal Me ou Ocean Rain exemplos da filigrana de detalhes que os arranjos e produção deste disco trabalharam com afinco, dele fazendo uma das obras-primas pop de 80.
Se gostou, experimente:
House Of Love “House Of Love” (1988)
Ian McCulloch “Candleland” (1989)
The Verve “Urban Hymns” (1997)