Serenity não constituirá, por certo, uma data marcante na história do cinema, em geral, e da ficção científica, em particular. Mas é um curioso objecto de fusão: um filme que combina o know how televisivo do seu realizador, Joss Whedon, com um espírito de série B cinematográfica em que a permanente auto-ironia não exclui o sentido épico da aventura.
Criador da série Buffy, Caçadora de Vampiros, Whedon concebeu, aliás, o universo futurista de Serenity para uma outra série televisiva, Firefly, que teve uma vida muito curta (2002-3). No seu centro está a insólita personagem de Zoe (Gina Torres, na foto), uma heroína assombrada por uma experiência traumática, capaz de se transfigurar, de um momento para o outro, numa máquina de artes marciais. O filme vale, sobretudo, pelo seu sentido visual e, em particular, por alguns pequenos prodígios de mise en scène, curiosamente não tanto nas cenas da acção, mas mais nos momentos de contenção. É um exemplo saborosamente «anacrónico» de uma produção regular de pequenos filmes de género, produção essa que, em boa verdade, há muito deixou de existir.
* Serenity
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Criador da série Buffy, Caçadora de Vampiros, Whedon concebeu, aliás, o universo futurista de Serenity para uma outra série televisiva, Firefly, que teve uma vida muito curta (2002-3). No seu centro está a insólita personagem de Zoe (Gina Torres, na foto), uma heroína assombrada por uma experiência traumática, capaz de se transfigurar, de um momento para o outro, numa máquina de artes marciais. O filme vale, sobretudo, pelo seu sentido visual e, em particular, por alguns pequenos prodígios de mise en scène, curiosamente não tanto nas cenas da acção, mas mais nos momentos de contenção. É um exemplo saborosamente «anacrónico» de uma produção regular de pequenos filmes de género, produção essa que, em boa verdade, há muito deixou de existir.
* Serenity