
À Bout de Souffle é, assim, o filme de um par romanesco — ela é Jean Seberg, revelada ao mundo por Otto Preminger em Santa Joana (1957) e Bom Dia, Tristeza (1958) — que vive uma história em que já não é possível salvar o romantismo de outros tempos. Adoptando as novas câmaras ligeiras, filmando uma tragédia íntima como se estivesse a fazer uma reportagem, concebendo a montagem como uma luta (literal) contra o tempo, Godard abria as portas e os medos de um novo continente de expressão. Se o conceito de modernidade cinematográfica começa em algum lugar nomeável, é aqui.
À BOUT DE SOUFFLE / O Acossado
França, 1959
Realização: Jean-Luc Godard
Produção: Georges de Beauregard
Argumento: J.-L G., a partir de uma história de François Truffaut
Interpretação: Jean-Paul Belmondo, Jean Seberg