Em tempo de frequências surdas, quem tem podcast é rei… Esta livre adaptação de um ditado popular traduz apenas o impressionante crescimento do fenómeno podcast (por breves palavras, oferta de programas de rádio, geralmente em mp3, em certos sites, através dos quais os podemos escutar directamente online ou passar para leitores portáteis). Sob a ditadura global dos formatos, com playlists mais pensadas com objectivos de manutenção ou conquista de audiências que com a velha tradição que via a rádio como um veículo de divulgação de música, o podcast vem ocupar o lugar que as web radios independentes (ou seja, as que não correspondiam a emissões reais de rádio) deixaram vaga depois da mortandade digital que quase as apagou da rede nos últimos anos. O fenómeno cresce, inclusivamente pela aposta de antigos radialistas “convencionais” como Adam Curry, que tem em http://www.ipoder.com/ um site com um directório extenso de contactos. Mais prático e extenso é ainda o cabaz de propostas em http://www.podcast.net/, onde surgem já oito programas portugueses, uns mais amadores uns mais profissionais, uns experimentalistas, outros mais arrumados, um deles, o LadoB (da Rádio Ocidente), já com 54 emissões disponíveis para escuta (boa música, com Death Cab For Cutie, Lambchop, Interpol ou Broken Social Scene no cardápio). O iTunes tem também já disponível na sua loja uma zona seleccionada de podcasts e a própria Apple aposta no seu site neste novo formato. A oferta de podcasts é tão vasta quanto a imaginação, de programas sobre cinema a solilóquios sobre o que o autor resolver contar, de jardinagem a economia, das artes à informática.
Para os interessados em juntar as suas emissões à rede, aqui ficam os contactos de dois guias para iniciados, o My Pods e o Audiofeeds.
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