Entre as muitas imagens de Marilyn Monroe, as de 1961 que figuram no livro An Evening with Marilyn, de Douglas Kirkland, incluem-se entre as mais fascinantes: isto porque há nelas um sentimento tocante de intimidade que, de forma perturbante, se cruza com o facto de sabermos que a actriz viria a falecer cerca de um ano mais tarde (a 5 de Agosto de 1962, contava 36 anos). A obra de Kirkland, justamente, é objecto de uma retrospectiva patente, até 8 de Outubro, na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Além dos trabalhos com Marilyn e muitos outros ícones do mundo das artes e do espectáculo (Elizabeth Taylor, Andy Warhol, Jack Nicholson, Man Ray, Robert De Niro, etc.), Kirkland tem uma carreira de meio século que o fez passar pelo mais diversos géneros, do nu à moda, tendo estado ligado a revistas de referência como a Life e a Look. Falando sobre as exigências decorrentes das novas tecnologias, declarou: "Simplifica-se tanto que as pessoas subestimam o trabalho. Sim, o nível de exigência tem de ser maior, e implica ter olho 'educado', ter paixão e saber o que se quer. As câmaras digitais permitem logo ver se a imagem ficou bem, requerem menos inteligência. Eu tento sempre estabelecer contacto através do visor. Para mim, a fotografia tem muito a ver com a escultura: há que moldar o barro para que fique melhor" (entrevista a Paula Lobo, «Diário de Notícias», 28 Setembro).
Além dos trabalhos com Marilyn e muitos outros ícones do mundo das artes e do espectáculo (Elizabeth Taylor, Andy Warhol, Jack Nicholson, Man Ray, Robert De Niro, etc.), Kirkland tem uma carreira de meio século que o fez passar pelo mais diversos géneros, do nu à moda, tendo estado ligado a revistas de referência como a Life e a Look. Falando sobre as exigências decorrentes das novas tecnologias, declarou: "Simplifica-se tanto que as pessoas subestimam o trabalho. Sim, o nível de exigência tem de ser maior, e implica ter olho 'educado', ter paixão e saber o que se quer. As câmaras digitais permitem logo ver se a imagem ficou bem, requerem menos inteligência. Eu tento sempre estabelecer contacto através do visor. Para mim, a fotografia tem muito a ver com a escultura: há que moldar o barro para que fique melhor" (entrevista a Paula Lobo, «Diário de Notícias», 28 Setembro).