Do filme As Horas (2002), de Stephen Daldry, baseado no romance homónimo de Michael Cunningham, temos a memória envolvente de um tempo múltiplo, quase táctil, ligando as palavras, aventuras e desventuras de Virginia Woolf aos nossos dias. Revemos as imagens sublimes de um trio em estado de graça — Nicole Kidman / Julianne Moore / Meryl Streep — e sentimo-las tocadas pela música genial de Philip Glass: uma vaga de pressentimentos e melodias que ecoam entre si, num jogo potencialmente infinito com o silêncio da dor e as imagens frágeis da alegria.
A banda sonora de As Horas já existia na edição oficial referente ao filme (Nonesuch). Chegou agora ao mercado português a versão, em solo de piano, de Michael Riesman (Orange Mountain Music), velho aliado de Glass. É um disco sublime: voltamos a contemplar as paisagens íntimas do filme, redescobrindo a intensidade indizível de cada instante. Ao mesmo tempo, assistimos à serena reinvenção dos mistérios de uma música tocada pelo desejo de utopia. Para ver e rever, aliás, ouvir e voltar a ouvir.
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A banda sonora de As Horas já existia na edição oficial referente ao filme (Nonesuch). Chegou agora ao mercado português a versão, em solo de piano, de Michael Riesman (Orange Mountain Music), velho aliado de Glass. É um disco sublime: voltamos a contemplar as paisagens íntimas do filme, redescobrindo a intensidade indizível de cada instante. Ao mesmo tempo, assistimos à serena reinvenção dos mistérios de uma música tocada pelo desejo de utopia. Para ver e rever, aliás, ouvir e voltar a ouvir.